Nosso nordeste sofrido
Só tem bastante alegria
Quando a chuva cai no chão
Chove de noite ou de dia
Não há coisa mais bonita
Quando se vê o clarão
Do relâmpago que clareia
Ou quando se ouve o trovão
A natureza se alegra
Quando há chuva no sertão
Sertão dos agricultores
Que vivem da plantação
Que sofrem as conseqüências
Quando não há chuva no chão.
Vivem plantando e colhendo
O seu sustento fazendo.
Pra não pedir ao patrão
Mesmo assim ainda não tem
O direito que devia
Sofre sentindo agonia
Andando de pés no chão
E ainda tem alegria.
O sertanejo se alegra
Quando chove no sertão.
Quando amanhece o dia
Que a terra está molhada
A criação se alegra
Canta toda passarada
O sertanejo contente
Chama sua filharada
Pra colher a plantação
Até a mulher então
Vai pra roça com alegria
Chega em casa cansada
Se senta lá no portão
A natureza se alegra
Quando chove no sertão
Se senta lá no portão
A natureza se alegra
Quando chove no sertão
Canta o galo no poleiro,
Urra o bezerro chamando
A vaca pra mamar,
É os passarinhos cantando,
Um cachorrinho a ladrar
Para espantar o ladrão.
O seu dono vai chegando
Em casa todo molhado
Com uma inchada de um lado
E um chapéu de couro na mão
A natureza se alegra
Quando chove no sertão.
(NENEM ESTEVAM)
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