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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Triste Sertão

 
 
Adeus meu nobre sertão,
Trarei na face tuas marcas eternas,
Que escreves ao sol em almas sinceras,
Que se dispersam no mundo por judiação.

Deixo o sertão,
Mas hei guardar saudade,
Do meu pequeno sítio ou da cidade,
Lugar que plantei o meu coração.

Deste chão sem água,
Do gado magro da sorte ingrata,
Do mato seco e das velhas casas,
De terras abandonadas por tantas magoas.

Terra que se vê na televisão,
Desse Nordeste que nos entristece,
Torna-se notícia quando nada floresce,
E homens exauridos por lutar em vão.

Sertão árduo, seco, sofrido e inculto,
Homens guerreiros não hão de aqui viver,
No sonho de trabalhar e da terra sobreviver,
No lugar que manda o político corrupto.

Da politicagem surgiu a fome do sertão,
Pois a sobrevivência nessa região,
Só depende das chuvas,
As autoridades imergem na corrupção,
O sertanejo padece com suas rugas.




autor: Rodrigo Cézar Limeira
 
fonte: luso-poemas

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