Quando o sol enfadado desfalece
A cortina da noite rasga o véu
As estrelas cintilam lá no céu
Bem disposta a lua aparece
Prateada e brilhante permanece
E aos vales e campos faz cortejo
Essa cena é tão bela, e quando a vejo
Não mais posso esquecer aquela imagem
E assim faço o relato da paisagem
Do cair de um crepúsculo sertanejo.
Bacurau saltitando com gracejo
Na estrada opaca e poeirenta
A coruja bisonha e agourenta
Planejando seu golpe malfazejo
Vê-se logo um sapo em seu traquejo
Indo e vindo a pular pelo terreiro
Sobe o galo pra o teto do poleiro
O matuto cansado vem da roça
A matuta contente na palhoça
Bota gás e acende um candeeiro
A palmeira no alto do outeiro
Se balança ao sabor da ventania
As seis horas da tarde, Ave Maria
E um terço pra ao santo padroeiro.
Os morcegos que passam tão ligeiro
Os tatus vão fuçarem no roçado
Um cachorro já velho está deitado
Numa tulha de fava lá na tenda
E no pátio da casa da fazenda
Pra dormida se junta todo o gado
Num galpão onde está depositado
Um paiol de algodão outro de milho
Na parede do oitão tem um novilho
Que está preso ao mourão, bem amarrado.
Um cavalo alazão já está selado
E o vaqueiro fazendo uma merenda
E depois de enfrentar sua contenda
Da rotina enfadonha e arrojada
Vai correndo tomar uma lapada
De cachaça da boa lá na venda
Uma velha que está fazendo renda
Pede a filha que traga um café quente
E um lanche, pra que ela se alimente
E termine de vez sua encomenda.
Um velhote contando alguma lenda
No alpendre do velho casarão
O assento é um caixote de sabão
Pra que possa fazer a narrativa
E assim se mantenha acesa e viva
A cultura do povo do sertão
Ora dou por completa a descrição
De uma boca de noite sertaneja
Eu pretendo e espero que esteja
Dando aqui minha colaboração.
E do povo daquela região
Seus costumes narrei nesse relato
Estou falando de mim, porque de fato
Meu orgulho é total e absoluto
Em dizer para o mundo, eu sou matuto!
E sou muito feliz por ser do mato!
A cortina da noite rasga o véu
As estrelas cintilam lá no céu
Bem disposta a lua aparece
Prateada e brilhante permanece
E aos vales e campos faz cortejo
Essa cena é tão bela, e quando a vejo
Não mais posso esquecer aquela imagem
E assim faço o relato da paisagem
Do cair de um crepúsculo sertanejo.
Bacurau saltitando com gracejo
Na estrada opaca e poeirenta
A coruja bisonha e agourenta
Planejando seu golpe malfazejo
Vê-se logo um sapo em seu traquejo
Indo e vindo a pular pelo terreiro
Sobe o galo pra o teto do poleiro
O matuto cansado vem da roça
A matuta contente na palhoça
Bota gás e acende um candeeiro
A palmeira no alto do outeiro
Se balança ao sabor da ventania
As seis horas da tarde, Ave Maria
E um terço pra ao santo padroeiro.
Os morcegos que passam tão ligeiro
Os tatus vão fuçarem no roçado
Um cachorro já velho está deitado
Numa tulha de fava lá na tenda
E no pátio da casa da fazenda
Pra dormida se junta todo o gado
Num galpão onde está depositado
Um paiol de algodão outro de milho
Na parede do oitão tem um novilho
Que está preso ao mourão, bem amarrado.
Um cavalo alazão já está selado
E o vaqueiro fazendo uma merenda
E depois de enfrentar sua contenda
Da rotina enfadonha e arrojada
Vai correndo tomar uma lapada
De cachaça da boa lá na venda
Uma velha que está fazendo renda
Pede a filha que traga um café quente
E um lanche, pra que ela se alimente
E termine de vez sua encomenda.
Um velhote contando alguma lenda
No alpendre do velho casarão
O assento é um caixote de sabão
Pra que possa fazer a narrativa
E assim se mantenha acesa e viva
A cultura do povo do sertão
Ora dou por completa a descrição
De uma boca de noite sertaneja
Eu pretendo e espero que esteja
Dando aqui minha colaboração.
E do povo daquela região
Seus costumes narrei nesse relato
Estou falando de mim, porque de fato
Meu orgulho é total e absoluto
Em dizer para o mundo, eu sou matuto!
E sou muito feliz por ser do mato!
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